Vidro termoendurecido ou semitemperado, que vantagens esse vidro oferece?

Por não ser um tipo de vidro muito utilizado no Brasil, também não existem muitos produtores para o vidro termoendurecido, também chamado de semitemperado. Como o nome indica, trata-se de um vidro tratado termicamente para atingir maior resistência, assim como o vidro temperado.

O vidro termoendurecido é de apenas duas a três vezes mais resistente que o vidro comum. Porém, esse vidro, categorizado como semitemperado em sua forma de produção, oferece diversas vantagens técnicas em aplicações específicas. Uma delas é de não apresentar distorções óticas, que são mais comuns no caso dos vidros temperados.

Projetos internacionais
Durante a época da realização da Copa do Mundo, em 2014, e também das Olimpíadas no Brasil, em 2016, esse tipo de vidro ganhou maior notoriedade. Nessas ocasiões começaram a chegar vários projetos estrangeiros de envidraçamentos especificando esse tipo de vidro, o que despertou a atenção dos arquitetos e projetistas nacionais. Muitos estrangeiros contratados na época para obras arrojadas dos estádios e centros olímpicos, tinham como parâmetro as normas europeias, que preveem a utilização desse vidro em projetos que exigem maior planicidade e segurança para os usuários.

Como é produzido
No processo tradicional de têmpera o vidro float (ou comum) é aquecido a uma temperatura que pode chegar a 700 graus Celsius em forno horizontal, dependendo de sua cor ou espessura. A mesma técnica é aplicada para produção do vidro semitemperado ou termoendurecido. O que muda é que para produção deste, o resfriamento é feito de maneira mais lenta.
Ou seja, os dois tipos de vidros são produzidos no mesmo forno, dimensionado para produzir prioritariamente o temperado. Portanto, pode-se dizer que a produção do semitemperado é mais complexa, por exigir mais tempo de utilização do equipamento.

Esse tipo de vidro deve alcançar uma compressão de superfície residual entre 3.500 e 7.500 psi para um vidro de 6 mm, de acordo com a norma técnica ASTM C 1048. O vidro completamente temperado, para comparação, possui compressão da superfície residual acima de 10.000 psi para 6 mm.

Segurança somente após laminado
Em sua forma monolítica, tal vidro não pode ser utilizado como vidro de segurança. Quando laminado, entretanto, pode ser utilizado como tal em todas as aplicações previstas para esse produto.
Sua principal indicação é para fachadas e coberturas laminadas como prevenção contra trincas e quebras que ocorrem logo após a instalação. Isso porque tais quebras de vidros geralmente ocorrem por dilatação dos caixilhos, erros no dimensionamento das folgas ou outros problemas de instalação que pressionam os vidros. A ruptura dos vidros é produzida por esforços de tração sobre a superfície de suas bordas. Geralmente ocorre uma sobretensão nas microfissuras que podem existir. Aumentando-se adequadamente tal resistência, sem criar tensões muito grandes, obtêm-se como resultado melhor desempenho e menos rupturas.

Tensões internas: dois lados
As tensões internas criadas no vidro com o processo de têmpera possuem dois lados. O primeiro, positivo, é que essas tensões aumentam a resistência mecânica do vidro. Dessa forma ele se torna até cinco vezes mais resistente que o comum e adquire tensões em sua camada externa ao ponto de poder ser fixado a um fechamento através de furos ou recortes, através de ferragens especiais.
O segundo aspecto dessas tensões internas é negativo. Em casos raros peça pode se quebrar espontaneamente. Além disso, quando laminados, tendem a perder sua capacidade estrutural, soltando-se ou desprendendo-se do caixilho em forma de “manta”.

Presos ao caixilho
Prestes a completar 10 anos de utilização as normas europeias e americanas de envidraçamento recomendam a utilização de laminados de semitemperados em obras públicas, ao invés dos laminados de temperados. Além de ser menos sujeito a quebras espontâneas o termoendurecido, quando se quebra, parte-se em pedaços grandes. Esse fato é vantajoso quando tal vidro se encontra na forma laminada, pois os pedaços grandes aderidos uns aos outros mantêm estes presos ao caixilho mais facilmente. Dessa forma o vão ou a estrutura são mantidos intactos até a substituição da peça.

No vidro temperado, uma vez iniciada uma ruptura, essa se propaga rapidamente pela liberação de energia que se produz. Tende então a se desprender do caixilho na forma de uma “manta com vidros aderidos”. Essa possível “desintegração” não ocorre com o vidro termoendurecido.

Choque térmico
O vidro quando passa pelo processo de têmpera, adquire maior resistência às variações térmicas que o vidro comum. Evita, dessa forma, quebras provocadas pelos choques térmicos. Da mesma forma o semitemperado possui essa mesma resistência, porém, em diferenças menores de temperatura. Este pode suportar a temperaturas mudando de 130 ℃ a 170 ℃ sem sofrer qualquer dano.
Outra semelhança com o temperado é que o vidro termoendurecido não pode ser cortado ou perfurado após o tratamento térmico. Quaisquer alterações – tais como polimento das bordas, jateamento ou gravação com ácido – podem causar a quebra do vidro.

É importante observar que o processo de tratamento térmico cria uma leve distorção ótica que pode ser reduzida, mas não eliminada. Esta fica mais evidente especialmente na têmpera de vidros refletivos. Os vidros semitemperados, entretanto, não apresentam tal distorção.

Geralmente, o termoendurecido é especificado para fazer parte de conjunto de vidro insulado (ainda pouco utilizado no Brasil) ou laminado para aplicação estrutural.
No caso de versões laminadas, as vantagem do vidro termoendurecido em relação ao temperado está, também, em sua maior maleabilidade, ou seja, no fato de ele ser menos “duro” do que o vidro temperado, podendo desta forma promover um conjunto um pouco mais “elástico” em fachadas que estão expostas a grandes variações de pressão e temperatura.
Podem optar pelo vidro termoendurecido fachadas ou aplicações que necessitam de uma maior resistência a tensões térmicas, variações de vento, pressões mecânicas, mas que exijam uma elasticidade próxima de vidros comum.

Norma específica
A norma técnica da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para o vidro termoendurecido ou semitemperado, publicada em 2020), é a NBR 16.918.
Esta norma especifica os requisitos, métodos de ensaio e precauções necessárias para assegurar a segurança, durabilidade e qualidade do vidro termoendurecido ou semitemperado.

Leia também: Qual o melhor vidro para fechamento de varanda?

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